Referências para o estudo bíblico
Um auxílio para professores de escola dominical e amigos da Palavra de Deus.
Dicas para a escola dominical:
Quem, em primeiro lugar, é responsável por fazer com que as crianças conheçam a vontade de Deus e a salvação são os próprios pais. Isto é o que nos ensina a Palavra de Deus. Os pais devem falar-lhes acerca disto dentro e fora de casa (Deuteronômio 4,9 e 6,67). Feliz é a família em que isso é observado segundo o temor do Senhor, com muito amor e oração. De fato:
“Feliz é o lar em que as mãos da oração vem colocar os seus pequenos ante o Teu coração”
Se ambos, pai e mãe, não podem fazê-lo em conjunto, então a criança pode-se considerar muito feliz se acaso ainda tiver por mãe uma Ana ou Eunice, como tiveram Samuel e Timóteo.
Um menosprezo desta nobre obrigação e privilégio por parte dos pais certamente acarretará em sérias conseqüências para toda a família. Depois dos pais, ou seja, da família, quem ainda deveria colaborar para orientação das crianças na Palavra de Deus é a escola (que prejuízo para toda a sociedade é a constatação de que isso já quase não existe mais!) e depois, em especial, a “escola dominical”. A esta última, e com certeza também aos pais, é que este novo tópico que será abordado nas próximas LEITURAS CRlSTÃS poderá se tornar em uma “referência” e em um auxilio; que porém, não se destina às mãos das crianças, mas para aquelas que irão ensiná-las. Seja-me, contudo, permitido mencionar algumas “dicas” para o ensino na escola dominical, antes que comecemos a citar as “referências”.
O pré-requisito fundamental para o professor da escola dominical é que este conheça ao Senhor Jesus, o Filho de Deus, como o seu Salvador e Senhor, tenha encontrado nEle a vida, a paz, e seja Seu seguidor. De igual modo, gostaríamos de supor que ele tenha recebido do grande Amigo das crianças um temo amor para os pequenos, e também a compreensão de suas necessidades. Este, certamente, também terá um certo dom para conversar com elas de forma infantil, adequar-se à suas perspectivas, e assim transmitir-lhes as gloriosas cousas e os grandiosos feitos de Deus, de forma compreensível e com um simples linguajar. A este é que gostaríamos de orientar para que observem em seu coração as seguintes colocações:
“Jesus”, mas: “José tipificava, em figura, ao Senhor Jesus.”
“Hoje vamos ver como Davi derrotou o gigante Golias”. Então, o professor contará a história, usando, se possível, o vocabulário da Bíblia. Contar uma história é melhor do que ler uma história, porque assim ela é melhor assimilada. Feito isso, pergunta-se às crianças recapitulando o que foi contado, ou seja, os pontos principais da história, para constatar se as crianças a entenderam e guardaram. Os pontos mais difíceis e as expressões também devem ser explicados (os conceitos e o vocabulário). Explique, por exemplo, que em Gênesis 3,15 a palavra “semente” (tradução revista e corrigida) significa “descendência”, que a palavra “carne” em Gênesis 6,3 significa “mal”, etc. Esclareça também os conceitos bíblicos, como” direito de primogenitura” (o privilégio de ser o chefe da família e ainda receber uma parte dobrada na herança do pai), etc.
Terminando a explicação e a discussão, ainda convide uma criança para retomar toda a história.
Se há figuras bíblicas inseridas no contexto, então nunca as revele antes de contar a história. Faça-o ao fim desta e acrescente perguntas. – Se, por acaso, ainda sobrou um pouco de tempo, pode-se ainda contar, no fim da aula, uma bela história que combine com o tema.
COMO UTILIZAR ÁS “REFERENCIAS PARA O ESTUDO BÍBLICO”
As “referências” que apresentaremos seqüencialmente nos próximos fascículos de LEITURAS CRIST ÁS são lições consideradas adequadas para crianças que estudam no 12 grau, já alfabetizadas, da faixa de 9 a 14 anos. Mesmo assim, ainda mencionamos alguns pensamentos ou motivos de estudo entre colchetes [ ], para indicar que este poderia ser deixado de lado em alguma aula, porque talvez seja de nível um pouco mais alto, difícil para as crianças. – Os versículos, que sugerimos sejam decorados, estão sempre indicados com um asterístico (*). – Para as crianças semi-alfabetizadas (5 a 8 anos) não recomendamos a leitura de muitas histórias. Dentre as do Velho Testamento, sugerimos as seguintes:
Tudo aquilo que já mencionamos sobre a representação e explicação dos textos de forma simples e infantil deve ser especialmente considerado nas crianças pequenas (5-8 anos).
Nem sempre o assunto poderá ser determinado pelos versos a aprender. Pode-se deixar de lado alguma cousa, e complementar outras. Também não é necessário que a cada domingo seja apresentado uma história completa, assim, por exemplo, o relato da criação ou do dilúvio pode ser apresentado utilizando 2 ou 3 domingos, conforme a necessidade. Aliás, todas estas dicas não estão sendo colocadas como regras rígidas a serem seguidas, somente recomendamos que sejam consideradas no coração; pois estão fundadas sobre muitos anos de experiência no ensino.
Que o Senhor conceda a todos os pais, professores e ajudantes da escola dominical que, ao ensinar, tenham a sabedoria, a motivação e o amor necessários para este trabalho tão importante, dispondo também da necessária perseverança e de Sua rica benção.
Damstadt, Dezembro de 1901 Dr. E. Donges e Okunze
Ensinos do Novo Testamento – As promessas relativas ao messias
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