Revista Leituras CristĂŁs

ConteĂșdo cristĂŁo para edificação

ALERTA: Espiritismo

ALERTA: No término de uma reunião de evangelização, na qual a Palavra de Deus tinha sido apresentada a um grande número de pessoas, um crente amigo veio dizer-me que três jovens senhoras estavam do lado de fora e que desejavam falar comigo. Queriam saber qual era a minha opinião sobre o espiritismo. Este pedido me surpreendeu vivamente, pois, o que é um tanto raro, na noite passada, estando na casa desse mesmo amigo, havíamos falado até tarde sobre o espiritismo. Recordamos alguns dos fatos mais notáveis que se relacionam com esse tema e que provam a realidade de muitas de suas crenças. Parecia como se o Senhor me tivesse preparado para esta entrevista, cujos resultados deviam ser abençoados. Respondi a meu amigo: O QUE É O ESPIRITISMO? - Não tenho muito o que dizer sobre esse assunto, mas estarei contente de poder falar com elas. As três jovens senhoras foram-me apresentadas e disseram: - Viemos lhe perguntar o que você pensa do espiritismo. - Creio firmemente nele. - Pensa que é bom ou que é mau? - Considero que é satânico. Essas palavras chocaram-nas um pouco e expressaram a dificuldade que tinham para crer que os bons conselhos c:lados pelos espíritos poderiam proceder de Satanás. Tinham o costume de se reunir toda semana e consultar­-Ihes sobre diferentes assuntos. As suas relações com os espíritos eram de um caráter exclusivamente religioso. Pediam­-Ihes, por exemplo, a explicação de passagens das Escrituras que lhes eram difíceis de compreender e, sempre, diziam elas, obtinham alguma luz. Possuíam páginas cheias de respostas manuscritas dessas perguntas. Eu tremia ao ouvi-Ias relatar tranquilamenmente as suas relações habituais com as potestades das trevas. - Não caiam vocês num erro ­disse-lhes -, "porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz" (2 Coríntios 11:14). Mas, o que foi que lhes trouxe a vir pedir a minha opinião sobre esse assunto? - Lembramo-nos de que esta noite haveria um culto aqui e decidimos vir, se bem que já era um tanto tarde. Chegamos à sala de reuniões já no final da pregação. No momento em que entramos, você pronunciava estas palavras: "Se os pecados de vocês não forem perdoados antes de morrer, não serão nunca mais". Então falamos umas com as outras: "Ou esse homem disse uma mentira, ou os espíritos nos têm enganado". -O que lhes disseram os espíritos, então? - Que todos passarão por uma prova purificadora depois da morte, e que ainda que se morra sendo mau, se chegará finalmente ao "rio da luz". A prova será mais ou menos longa, mais ou menos dolorosa, mas o resultado será a purificação de todos.  - Em tal caso, os espíritos são espíritos de mentira - repliquei -, já que as Escrituras declaram que Cristo ofereceu "para sempre, um único sacrifício pelos pecados" (Hebreus 10: 12) e que" com uma    única oferta aperfeiçoou para I sempre quantos estão sendo I santificados" (v. 14). Os espíritos I com os quais vocês estiveram em I comunicação intentaram dar um I golpe mortal em Cristo e em Seu I sacrifício expiatório. São espíritos maus. A Palavra de Deus declara I que somente há um caminho para I a salvação; os espíritos lhes  mostraram outro. São espíritos de mentira. Eles lhes ensinaram o erro fatal de que todos finalmente serão salvos depois da morte, mesmo aqueles que rechaçaram o Senhor Jesus enquanto vivos. A Palavra de Deus diz: "E não há salvação em nenhum outro {ou seja, Jesus Cristo crucificado pelos homens, mas Quem Deus ressuscitou de entre os mortos}; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12); mas os espíritos dizem: "Tudo irá bem sem Ele". Em quem crer? Em Deus e Sua Palavra ou nos espíritos das trevas? A vida do homem aqui em baixo é tão curta e cheia de dores, que a maioria dos homens desejam atravessar o véu que cobre o porvir escuro e desconhecido que segue a nossa existência sobre a face da Terra. Começa-se com brilhantes esperanças, porém logo surge o desencanto, quando se descobre que tudo é "vaidade e correr atrás do vento" (Eclesiastes 2:11). Mas, não há nada no além? É o homem semelhante às bestas do campo? Não nos espera um destino mais nobre? Quem pode nos dizer com certeza? A Bíblia? Ah, esse livro fala à consciência do homem. Diz-lhe, em termos isentos de adulação, que é um pecador e que depois da morte vem o juízo. Revela-lhe que depois da morte o destino de cada um já está determinado e que não se pode mudar mais. É preciso que se seja salvo antes da morte ou jamais o será; o perdão dos pecados é oferecido a todos sem exceção com a simples condição de crer na Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo; mas se tudo isso não for aceito do lado de cá da sepultura, é certo que não poderá ser concedido do outro. "Se os pecados de vocês não forem perdoados antes de morrer, não serão nunca mais", eis aqui o que havia conduzido essas vítimas de Satanás a indagar com ansiedade a verdade; mas essa doutrina das Escrituras é desagradável aos homens e lhes será cada dia mais à medida que nos acercamos da apostasia final. É esta terrível incerteza no tocante ao porvir que, em minha opinião, faz com que o espiritismo seja tão atraente para tantas pessoas. A medida que a fé no testemunho das Escrituras diminui, os homens se voltam para estas potências ocultas para obter, por meio delas, se possível, alguns vislumbres desse extenso "além" . O espírito moderno tem data no século passado. Em 1848 vivia em Nova York um granjeiro chamado Fox. Tinha duas filhas, uma de doze anos e outra de nove. Por circunstâncias extraordinárias tiveram consciência dos esforços feitos por uma pessoa invisível para entrar em contato com elas. Essas comunicações tiveram lugar por meio de golpes continuados. Inventaram um alfabeto e o espírito declarou que era o de um vendedor de Bíblias que havia sido assassinado e que estava enterrado debaixo do assoalho da casa. Se efetuaram as investigações pertinentes e no lugar indicado foram encontrados ossos e cabelos. Essas estranhas comunicações chamaram a atenção e o movimento se espalhou tão rapidamente que em 1871 o número de adeptos era, segundo diversos cálculos, de oito a onze milhões. Atualmente, o espiritismo possui uma literatura muito extensa e com tendência a crescer. Em geral, não se tem uma idéia da extensão que tomou a crença nas relações imaginárias com os espíritos daqueles que já morreram. As jovens senhoras que mencionei no princípio tinham a impressão de que aqueles espíritos que participavam em suas sessões de espiritismo eram os de pessoas que em outro tempo haviam vivido na Terra. Equivocavam-se. O Senhor Jesus Cristo é aquele que tem "as chaves da morte e do inferno" (Apocalipse 1: 18). Somente Ele pode abrir a porta do inferno para que o espíritos sejam liberados; só Ele pode arrancar um corpo da sepultura. Ele só fará isso em duas ocasiões: primeiramente, quando acontecer a primeira ressurreição, isso é, quando os mortos em Cristo ressuscitarem em glória à Sua vinda (1 Tessalonicenses 4:16), e a segunda, quando os maus ressuscitarem para se apresentar para juízo (João 5:29). As relações imaginárias com os espíritos daqueles que já morreram são, em realidade, relações com os maus espíritos ou demônios que se apresentam, camuflados, como pessoas que viveram alguma vez na Terra. Depois de falar longamente com aquelas senhoras, tanto que não posso descrever aqui, insisti com elas acerca do perigoso que era ter essa intimidade com o diabo, e supliquei-lhes que rompessem com tal relação impura. Em caso de persistirem, coloquei sobre as suas consciências a pedra de toque que dá a Palavra de Deus em 1 Coríntios 12:3 e 1 João 4:1-4 e roguei-lhes com insistência que confessassem claramente e sem equívoco a deidade e o senhorio do Senhor Jesus. Na terça-feira seguinte, algumas pessoas se reuniram para oração e leitura da Palavra de Deus, na casa do amigo a que me referi acima. As três jovens senhoras também estavam presentes, depois de terem tido, na noite anterior, a sua última entrevista com os espíritos. O relato que fizeram foi horrível de escutar. Seria muito demorado contar aqui os detalhes e de pouco proveito excitar uma curiosidade insalubre em relação com as coisas que Deus tem proibido tão positivamente. É o suficiente dizer que as respostas dadas foram tão pouco satisfatórias e que a hostilidade para com a pessoa de Cristo e com a Palavra de Deus tão claramente manifestas, que se sentiram profundamente alarmadas e julgaram de uma vez por todas que o sistema inteiro era do diabo. Desde aquele momento renunciaram a toda relação com os espíritos. Se bem que já transcorreram muitos anos desde aquele dia, a sua lembrança não se apagou de minha memória, assim como o da advertência feita no capítulo que lemos naquela noite, o qual fala do Anticristo, cujo "aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira" (2 Ts 2:9). O espiritismo é uma coisa real. Sem dúvida, em mais de um caso, se trata de charlatanice; mas encerra também muitas coisas verdadeiramente sobrenaturais. O Espírito de Deus não é o autor delas, porque sempre glorifica a Cristo. Não tenho nenhuma dúvida em afirmar que é satânico, é como uma antecipação desta "operação do erro" (v. 11) que caracterizará os dias do Anticristo. As considerações que seguem foram escritas na época em que transcorreu o incidente mencionado. Tinham por objeto ajudar as três senhoras, mais diretamente interessadas nesse assunto, e a outras pessoas que pudessem cair nessa cilada do diabo. O mal, longe de diminuir, aumenta, e todos aqueles que não se converteram "das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus" (Atos 26: 18) pelo poder salvador do Evangelho, logo serão arrastados pela torrente irresistivel da incredulidade e pelas mentiras de Satanás. Aquele que verdadeiramente é um filho de Deus não tem por que temer o mal. "Filhinhos, vós sois de Deus, e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós (o Espírito Santo) do que aquele que está no mundo (o diabo)" (1 João 4:4). Todo membro da família de Deus deve ter a presente segurança do perdão de seus pecados: "Eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome" (1 João 2: 12). Além disso, todo filho de Deus possui agora a vida eterna, uma vida a qual o poder de Satanás não pode tocar: "Eu lhes dou a vida eterna”, disse Jesus a Suas ovelhas, "jamais perecerão, eternamente" (João 10:28), e ademais: "Todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca" (1 João 5:18). Mesmo os "filhinhos" na família de Deus têm a unção da parte do Santo (ou seja, possuem o Espírito de Deus) e conhecem a verdade. Sabem também que Cristo é a verdade e que toda doutrina, por mais semelhante à verdade que pareça, mas que tende a obscurecer a Sua glória, provém de Satanás. "Filhinhos, agora, pois, permanecei nele" (1 João 2:28). Deus, no Antigo Testamento, disse a Seu povo: "Que em teu meio não se encontre alguém... que faça presságio, oráculo, adivinhação ou magia, ou que pratique encantamentos, que interrogue espíritos ou adivinhos, ou ainda que invoque os mortos; pois quem pratica essas coisas é abominável a Iahweh (Jeová)" (Deuteronômio 18: 10-12, B.J.; veja também Levítico 19:31 e 20:27). Com esses versículos em mente conhecemos os pensamentos de Deus relativos àqueles que se entregam a tais práticas, e isso deve bastar a todo filho de Deus para que se abstenha de ter qualquer contato com aqueles que professam ter relação com os espíritos, sem se importar se esses espíritos são bons ou maus. " ... alguém ... que faça presságio" ou "que invoque os mortos" é o que está escrito, e não nos é dito que os "bons espíritos" estão excluídos. Segundo a mesma mensagem de Deuteronômio, vemos que consultar aos espíritos e aos mortos era algo comum entre os pagãos: "Não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos" (v. 9), diz a Escritura. Como haviam perdido o verdadeiro conhecimento de Deus, buscavam suprir tal perda com um poder sobrenatural que na realidade era de Satanás, "o deus deste século" (2 Coríntios 4:4). Mas o povo de Deus não pode atuar dessa maneira. Por essa razão Saul, ao subir ao trono, deu cabo a todos ou a quase todos os evocadores de espíritos e aos lançadores de sorte. Deus proveu para que o Seu povo pudesse conhecer Seu pensamento por melhores caminhos. No passado, Deus falava por sonhos ou diretamente por meio dos profetas inspirados por Seu Espírito, como também pelo sacerdócio mediante os Urim e os Tumim. Tendo Saul se desviado ao pecado, já não dispunha mais dessas coisas. Vindo o aperto, este infeliz rei foi conduzido a buscar uma mulher que consultava os espíritos (1 Samuel 28). A questão de ter recorrido a isso, que estava proibido, foi uma das razões de sua morte, que foi como juízo de Deus. "Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante, e não ao Senhor” (1 Crônicas 10:13-14). É evidente que a médium de En-dor não estava acostumada a fazer aparecer os mortos, a julgar por sua surpresa ao ver Samuel; o espírito que ela e seus semelhantes diziam consultar era um demônio que se apresentava como se fosse a pessoa que se desejava ver. O seu espanto demonstra claramente que algo extraordinário havia acontecido. De fato, foi Deus quem interveio para trazer realmente a Samuel de entre os mortos, o qual anuncia da parte de Jeová o que haveria de cair sobre SauI. E digno de mencionar o que Saul disse em 1 SamueI28:15: "Deus se desviou de mim", expressão essa que não expressa uma relação íntima, com vemos no termo "SENHOR" empregado por Samuel no versículo seguinte. Em Isaías 8:19-20, se fala de um povo que pensa em consultar a seu Deus por intermédio dos necromantes e dos adivinhos. E o profeta, surpreso por haver pessoas tão insensatas, pergunta: "A favor dos vivos se consultarão os mortos?" Estava bem que se consultasse a Deus, mas consultar os mortos por meio de vivos era uma loucura indesculpável. Então somos conduzidos à lei e ao testemunho que encerram a revelação do pensamento de Deus, estes que nos capacitam a poder julgar qualquer comunicação que tenha a pretensão de proceder da parte d'Ele ou de outra fonte. No Novo Testamento encontramos inúmeros exemplos de pessoas possuídas por espíritos imundos, os que em diversos lugares são chamados de demônios. Veja, por exemplo, Marcos 5:1-20 e Mateus 8:16 e 28-34. Passagens tais como Marcos 3:22-30 mostram com evidência que esses demônios eram satânicos. Com efeito, quando os escribas dizem do Senhor: "É pelo maioral dos demônios que expele os demônios", Jesus lhes disse: "Como pode Satanás expelir a Satanás?" Essa observação é importante, porque alguns afirmam que os demônios ou espíritos eram os espíritos de pessoas que tinham morrido, enquanto que o Senhor nos disse que eram de Satanás. Podemos até mesmo acrescentar que não está provado que a expressão "espíritos" se refira aos daqueles que já morreram. Efetivamente, as Escrituras empregam esse termo ("espíritos") ao falar dos anjos (Hebreus 1: 14) e de demônios (Marcos 3: 11), assim como de homens, sejam justos (Hebreus 12:23) ou maus (1 Pedro 3: 19). Nesse reside a diferença entre o homem e a besta. Esta, além de um corpo material, é um ser vivo (Gênesis 1:20), ou seja, tem uma vida animal, sem nenhuma relação inteligente com Deus, ao passo que essa relação existe para todos aqueles que têm um espírito. O que se diz em Eclesiastes 3:21 não constitui uma exceção, já que a palavra traduzida por "espírito" em algumas versões bíblicas é uma expressão geral que significa "fôlego" (v. 19). Porém, compreendido aqui, sem querer entrar mais no sentido da passagem, existe uma clara diferença entre o' fôlego dos animais que descem para a Terra e o do homem que sobe ao céu. Exteriormente se trata do mesmo fôlego, mas na realidade o do homem é muito mais: “... e o espírito volte a Deus, que o deu" (Eclesiastes 12:7), ao invés de descer à Terra, junto com o pó. Esses demônios os quais temos mencionado tinham poder. Isso é evidente, já que também era necessário poder para expulsá-­los, poder que naturalmente o Senhor possuía e que podia transmitir a Seus discípulos (Mt 10:8; Mc 3:15 e Lc 9:1). Esse poder era divino (Mt 12:28). Sabemos pouquíssimo sobre o poder de Satanás. Ele é chamado de o "príncipe da potestade do ar" (Ef 2:2). Os verdadeiros cristãos são libertados "do império das trevas" (Cl 1:13), expressão empregada pelo Senhor em Lucas 22:53, quando todo o poder do inimigo, príncipe deste mundo, se concentrava contra Ele, servindo-se da inimizade dos homens perversos para persegui­-LO nas últimas horas de Sua vida aqui na Terra. Quando os pecadores se convertem, convertem-se "das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus" (Atos 26:18). O nosso desejo é que todo filho de Deus possa ter um sentimento crescente. do poder do grande adversário - em rujas mãos outrora se encontrava cativo -, é contra as suas astúcias que é preciso estar sempre atento e desperto, e isso até o fim da carreira, o que nos obriga a nos revestir de toda a armadura de Deus (Efésios 6: 11). Oxalá todo filho de Deus possa também ver sempre aumentar a sua convicção acerca da graça e do poder de que foi capaz - o qual ainda é - de livrá-lo de semelhante adversário; convicção essa de que necessitamos para nos introduzir são e salvos no cenário em que todo aspecto da presença do adversário terá desaparecido para sempre. Não encontramos em nenhum lugar das Escrituras um só indício de que o homem, em seu estado atual, possa ter qualquer tipo de relação com os espíritos dos mortos. Pelo contrário, como vimos, o Senhor tem "as chaves da morte e do inferno" (Apocalipse 1: 18) e somente Ele tem poder para fazer sair dali os espíritos, o que fará nas duas únicas ocasiões já mencionadas, ou seja, na primeira ressurreição para os santos (1 Ts 4:16) e na ressurreição do juízo para os- perversos (João 5:29). Enquanto aguardamos esse evento, o espíritos dos crentes que já morreram está com o Senhor, "ausente deste corpo e presente com o Senhor" (2 Coríntios 5:8); eles partiram para estar com Cristo (Filipenses 1:23), mas os espíritos dos perversos estão" em prisão" (1 Pedro 3: 19), motivo pelo qual não têm a liberdade de sair quando são "chamados" . Naqueles tempos, como agora, havia pessoas que pretendiam ter comunicação com os espíritos. Os filhos de Deus são alertados contra tais atividades. Devem provar os espíritos se procedem de Deus (1 João 4: 1), não os consultando, mas sim empregando com respeito a eles esta pedra de toque: "confessa que Jesus Cristo veio em carne"? Não é o suficiente confessar que Jesus veio em carne, mas que é imprescindível confessá-LO ou reconhecê-LO como Deus vindo desse modo. Em cada uma das passagens de 1 João 4:2-3 e 2 João 7 (segundo o texto original grego) se fala de confessar a Jesus vindo em carne e não de confessar que Jesus veio em carne, porque Ele já existia antes, sempre como Pessoa divina e eterna. Os demônios não reconhecem voluntariamente que Jesus é o Senhor, se bem que, no final, quando tiver lugar o juízo de Deus, serão forçados a confessá-LO como tal (Filipenses 2:10-11). A recusa em reconhecer a deidade do Homem Cristo Jesus é o espírito do Anticristo. Satanás é o instigador de todo ataque contra a humanidade imaculada ou contra a verdadeira deidade do Senhor Jesus Cristo. No tempo dos apóstolos havia falsos profetas que estavam sob a influência satânica, assim como havia verdadeiros profetas que falavam inspirados pelo Espírito Santo de Deus (2 Pe 1:21; 1 Co 12:1-11); mas nota-se que cada vez que se trata de um profeta divinamente inspirado se fala do Espírito de Deus e não de espíritos. Há diversidade de dons, mas há um só Espírito, ou seja, o Espírito de Deus. É de grande importância para o filho de Deus recordar tudo isso, pois o Espírito habita nele (1 Co 6: 19), é guiado e ensinado por Ele (Rm 8:14; Jo 14:26; 16:13; 1 Co 2:9-16) e por isso é independente de todas as revelações espirituais, pretendidas ou reais. O Espírito de Deus sempre glorifica a Cristo (Jo 16:14) e sempre produz na alma a submissão à Palavra de Deus. "Nós (os apóstolos) somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro" (1 Jo 4:6). Estamos plenamente convencidos de que todo o sistema do espiritismo é anti-bíblico, que não é outra coisa que um engano de Satanás e que todo crente deve lhe dar as costas. A sua aparição nos últimos dias da cristandade não nos deve surpreender; é o cumprimento das Escrituras, pois "o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1 Tm 4:1). Muitos praticantes do espiritismo de nossos dias têm dado a este sistema urna aparência piedosa e religiosa, já que começam as suas reuniões com uma oração e interrogam aos espíritos sobre assuntos bíblicos. Alguns dizem que as explicações dadas pelos espíritos são demasiado boas para vir de satanás. Diremos a estas pessoas que não se deixem enganar, pois: "o próprio satanás se transforma em anjo de luz" (2 Co 11: 14). Ele se aproximou do Senhor, no momento da tentação no deserto, com estas palavras: "porque está escrito...” (Lc 4: 10), mas foi para ser desmascarado por esta mesma Palavra que havia citado com engano. Outros têm sido atraídos a essa cilada de Satanás por pura diversão, por passatempo. No começo não acreditavam que houvesse nisso algo de realidade; mais tarde, convencidos por provas que não admitem contestação, se entregaram ao seu poder. Não só estamos muito longe de pensar que estas coisas são de Deus, senão que temos a convicção de que são precursoras dos sinais e prodígios de mentira que acompanharão a presença do Anticristo, num período que talvez já está muito perto de nós (vide 2 Ts 2:9-10). Têm por objetivo seduzir e decepcionar; o fim terrível de todos aqueles que se entregam a elas será o juízo e a perdição. Não se deve supor que no espiritismo somente hã charlatanice e engano artificioso com aparência de utilidade. Sem dúvida que alguns casos pretendidamente reais podem ser explicados. Por outra parte, tivemos contatos com muitas pessoas que durante algum tempo estiveram debaixo do poder desse sistema, mas, que, pela bondade divina, foram livradas dele. Seus testemunhos não nos deixam nenhuma dúvida sobre a sua realidade satânica. Expressaremos aqui algo mais sobre um dos pontos mais importantes. Os espíritos sustentam que hã esperança de salvação depois da morte para aqueles que recusaram o Senhor Jesus Cristo. De fato, ensinam a salvação universal, o que, da mesma maneira que todas as outras formas de erros correntes nestes últimos tempos, empreendem contra a obra expiatória de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz. A Escritura nos diz: "Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hb 10: 14); os espíritos, pelo contrário, afirmam que depois da morte os maus passarão por diversos graus de provas e desta maneira irão convertendo-se em perfeitos. Mantenhamo-nos firmes na Palavra de Deus e fiéis ao Seu testemunho. Não se pode negar a verdadeira natureza do espiritismo. Suas manifestações sobrenaturais são testificadas por um grande número de testemunhas favoráveis ou contrárias. É impossível que todos se equivoquem na observação dos fatos, ou então que se ponham em acordo para enganar deliberadamente aos demais. Mas uma coisa é certa: todos aqueles que estão entregues a essas práticas se colocam nas fileiras daquele a quem a Palavra de Deus nomeia como o "príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Efésios 2:2). Ninguém que crê na Bíblia deve se misturar com esse movimento verdadeiramente satânico, já que a Bíblia não nos permite que duvidemos dele. Temos conhecido várias pessoas que durante um tempo estiveram misturadas nele, mas que, reconhecendo o seu verdadeiro caráter, o abandonaram; e, não obstante, mesmo depois, seguiram sendo perseguidas e atormentadas por influências sobrenaturais. Outros haviam abandonado as suas relações pessoais com os espíritos, não porque haviam chegado à conclusão de que a sua procedência era satânica, senão por causa do esgotamento físico que resultou desses contatos. Isso nos é mostrado, entre outros, no caso de uma moça, cuja mãe escreveu o seguinte: "As manifestações dos espíritos que começaram quando a minha filha tinha apenas dezesseis anos quase lhe custaram a vida, e seguramente nunca mais se restabelecerá completamente de seus efeitos. Durante mais de seis meses perdeu o uso de seus membros, jazia num estado de catalepsia parcial e de completa impotência, mas sempre com a terrível e inefável realidade do espiritismo diante dela". Os ensinos do espiritismo negam a inspiração das Santas Escrituras, a deidade de Cristo, o eterno castigo dos perversos depois da morte e, por último, a salvação por meio do sacrifício expiatório do Senhor Jesus na cruz. "Ora, o Espírito (o Espírito Santo) afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1 Timóteo 4: 1). "Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagradas letras que podem tomar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus" (2 Timóteo 3: 13-15). O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O ESPIRITISMO: "Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles: Eu sou o Senhor Vosso Deus" (Levítico 19:31). "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta Palavra, nunca verão a alva" (Isaías 8: 19- 20). "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo;  e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão (Hb 2:14-15). "A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem" (lI Tessalonicenses 2:9-10). "Livra-os que estão sendo levados para a morte e salva-os que cambaleiam indo para serem mortos" (Provérbios 24: 11). “As coisas encobertas são para o Senhor Nosso Deus, porém as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre, para cumprirem todas as palavras desta lei" (Deuteronômio 29:29). Perdão

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