Em Marcos 1:17 Simão e André recebem um chamado especial do Senhor Jesus:
“Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens”.
Simão Pedro, um dos dois que o Senhor havia dado essa tarefa, mais tarde se tornou um pescador “da massa”, por meio de cujas pregações milhares passaram a crer.
Ele pescava, por assim dizer, com a rede. Seu irmão André, pelo contrário, pescava com anzol. Ele ia buscar o indivíduo.
Sob a impressão da declaração de João Batista “Eis aqui o Cordeiro de Deus” (João 1:36), André seguiu por primeira vez ao Senhor Jesus.
Após a perscrutadora pergunta do Senhor: “Que buscais?”, ele também respondeu: “Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?”. Para André, a pessoa de Jesus Cristo possuía um poder de atração irresistível. Depois deste primeiro encontro ficou claro para ele: este é o Messias esperado pelos judeus crentes.
Ele não podia nem queria guardar esta notícia para si. E o que seria mais natural do que começar com seus próprios familiares? Assim, ele encontra seu irmão Simão e lhe conta a respeito do Senhor Jesus, “e levou-o a Jesus”.
A própria família, o ambiente mais próximo, é o primeiro “campo missionário” para um cristão.
Em Marcos 5, o Senhor disse para o gadareno que fora curado:
“Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti” (v. 19).
Um testemunho simples unido a uma vida cristã digna de crédito, ainda hoje também é um caminho para indicar o Senhor Jesus para as pessoas.
Nesta passagem, quando cinco mil homens foram alimentados, André desempenha novamente um papel. Quando surge a pergunta de como alimentariam tantas pessoas, aparece ali um pequeno menino que tinha cinco pães e dois peixes. Mas quem repara nele e o leva ao Senhor Jesus? É André. Será que ele tinha um olhar especial por crianças, que estes passavam a confiar nele rapidamente?
A ocupação com crianças, para lhes apresentar o Senhor Jesus, é uma área de trabalho abençoada para nós no serviço para o Senhor.
Existe algo mais belo do que levar uma criança ao Senhor Jesus? Aqui se abre um amplo campo de atividades, no âmbito do trabalho com crianças; começando já na própria vizinhança. Há tantas más influências as quais as crianças estão expostas hoje em dia! Elas precisam do Senhor Jesus como o seu Salvador pessoal. E as crianças são especialmente receptivas para a boa nova.
Na festa da páscoa em Jerusalém, havia alguns gregos que tinham o belo desejo: “Queríamos ver a Jesus”. Com este desejo eles se dirigiram a Felipe. Este pede ajuda a André. Teria ele percebido que seu condiscípulo tinha exatamente isso no coração: levar as pessoas a Jesus?
Os gregos eram estrangeiros em Israel. Mas a sua estadia no país estrangeiro lhes foi para benção; assim eles tiveram a oportunidade única de encontrar o Senhor Jesus.
Também em nossos países é cada vez mais frequente a presença de muitos estrangeiros que provém das mais diversas nacionalidades.
A questão que deveria nos interessar como cristãos é se também aqui não se abre uma possibilidade de levar o Evangelho de Jesus Cristo a tais pessoas.
Não nos é relatado muita coisa sobre o irmão de Simão Pedro, mas os poucos esboços que o Espírito de Deus traça na Bíblia sobre ele, mostram uma pessoa com um caráter atraente:
Você e eu somos pescadores de homens?
Não se trata de ações espetaculares, mas do testemunho simples do dia a dia, de perceber as oportunidades que o Senhor nos oferece.