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Revista Leituras Cristãs

Conteúdo cristão para edificação

Perdão ou escândalo no cenáculo?

Perdão ou escândalo no cenáculo?

Perdão ou Escândalo no Cenáculo?

 

“E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos.” (At 1:15). 

Eu poderia imaginar a cena da seguinte maneira: “Ei, espera um pouco”, pensa Tiago, “assim não dá”, e ele se volta para André. Agitado, Mateus se inclina para frente, e diz: “Pedro parece não ter aprendido nada com os eventos há algumas semanas”. “Pedro”, exclama Tomé, “não podemos ter comunhão no ministério com você. Ainda lembramos muito bem como você negou o Senhor. Isso foi pior do que incredulidade".

Você pode imaginar os rostos, quando, nesta situação Pedro novamente toma a palavra entre os discípulos? Sempre que leio essa frase, tais discussões, ou semelhantes, me vêm à mente.

Os acontecimentos dos últimos dias não passaram sem deixar marcas nos discípulos. Como os atingiu a traição de Judas! E depois, Pedro junto ao fogo. Justamente Pedro. “Ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu”. NUNCA EU. João não podia crer o que estava ouvindo — Pedro pragueja e jura: “Não conheço esse homem” (Mc 14:29, 71) De Pedro, a pedra, não restou muito.

Mas então, os onze discípulos experimentam essa refeição da manhã com seu Senhor ressuscitado. Certamente eles nunca esqueceram isso. E Pedro, especialmente Pedro, recebe a tarefa de apascentar as ovelhas do Senhor. O Senhor lhe dá novamente toda a Sua confiança.

Por que estou contando toda a história, que vocês já conhecem há muito tempo? Porque o versículo: “E naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos discípulos”, me mostrou de modo impressionante o quão abrangente e grande é o perdão que Deus concede. Pedro havia chorado amargamente por causa do seu pecado — então o Senhor o encontra pessoalmente — depois a refeição da manhã junto ao mar. Isso é verdadeiramente perdão. Sem discussões entre Tiago, André e Tomé.

Há muito que eles aprenderam que não eram melhores do que Pedro. Um homem que havia negado o seu Senhor celestial se levanta 50 dias depois, no meio dos irmãos, para tomar a palavra. Por que ele pode fazer isso? E por que seus companheiros também aceitam esse ministério? Porque o seu Senhor ressuscitado lhe havia perdoado. E Ele confiou novamente nele, como se Ele começasse de novo com Pedro, não levando em conta o que havia sucedido.

A confiança, o perdão e o esquecimento do ocorrido, acaso não é a atitude da graça e o mandamento do amor?

K. G.


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