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Revista Leituras Cristãs

Conteúdo cristão para edificação

Referências para o estudo bíblico - Dicas para a escola dominical

Referências para o estudo bíblico

Um auxilio para professores de escola dominical e amigos da Palavra de Deus.

ABORDAGENS DO VELHO TESTAMENTO

AS DESCRIÇÕES PARA O CULTO A DEUS

33. O tabernáculo

ÊXODO 25-31.

Explicação e ensinamentos:

O tabernáculo, o santuário divino em Israel, tinha dois aposentos:

1. O santo dos santos (que era o trono, ou a habitação de Javé; SI 76:1-2). Aí permanecia apenas a arca da aliança, que continha as tábuas da lei, o vaso de ouro com o maná, e a vara de Arão. Sobre a arca de ouro havia uma placa de ouro finíssimo que funcionava como tampa, chamada propiciatório ("trono da graça"), sobre a qual havia dois querubins com as asas abertas, um diante do outro, isto é, suas faces estavam voltadas uma para a do outro, e ambos contemplavam a arca;

2. O santo lugar (a tenda dos sacerdotes; Hb 9:6). Aí ficavam

- o incensário de ouro,

- a mesa com os doze pães da proposição e

- o candeeiro dourado de sete braços.

Uma cortina fazia separação entre o santuário e o santo dos santos. Do lado de fora do santuário havia um pátio, destinado ao povo, onde havia um altar de bronze para holocaustos e a bacia de cobre, cheia de água, para as lavagens. O pátio e o santuário eram cercados por cortinas.

No santo dos santos o sumo sacerdote entrava uma vez por ano com o sangue de um sacrifício e o aspergia perante e sobre o propiciatório, o trono da graça, para reconciliação (Hb 9:7,*11,12,24).

Em cada utensílio do tabernáculo temos uma alegoria de Cristo e de Sua obra. [O altar do holocausto no pátio, sobre o qual se imolava o sacrifício pelos pecados, é uma alusão ao juízo ao qual Cristo foi submetido na cruz (o sacrifício para obter o perdão). A bacia de bronze para as lavagens é alusão a Cristo e Sua Palavra - visa a que os reconciliados permaneçam em comunhão com Deus o Pai: Jo 13:5,10 e 1 Jo 2:1. O altar dourado de incenso é outra alusão a Cristo, pois por meio dele os crentes adoram a Deus na posição de sacerdotes (Hb 13:15; 1 Pe 2:5). Nesses três utensílios vemos, portanto, o perdão, a comunhão e a adoração por intermédio de Cristo. Na mesa dos pães da proposição, vê-se Cristo como o alimento, aquilo que é prazeroso para Deus e para os seus. No candeeiro dourado de sete braços, Cristo é representado como o brilhante testemunho divino nas multiformes manifestações (são 7 braços) do Espírito Santo em meio de seu povo. O utensílio que, acima de todos, é alusão a Cristo é a arca da aliança juntamente com sua "tampa" - o propiciatório (também conhecido como: "o trono da graça") -; na arca da aliança Cristo é visto como:

- a nossa reconciliação (Lv 16:14;Rm 3:25; 1 Jo 2:2),e - a revelação divina feita a nós (Êx 25:22; Nm 7:89; Hb 3:1, onde Cristo é designado por "Apóstolo", mediante o qual Deus se nos revelou e falou).]

 

34. Os sacerdotes e os levitas

Êxodo 28, 29 e 30.

Explicação e ensinamentos:

A família de Arão foi destacada para o sacerdócio, sendo o próprio Arão e os primogênitos depois dele designados para serem sumo sacerdotes. Os demais levitas tinham a seu encargo o serviço externo - as coisas práticas - da tenda da congregação. Os sacerdotes são os intermediários entre Deus e o povo pecaminoso. Seus principais afazeres: apresentar as ofertas, queimar incenso e abençoar.

A vestimenta do sacerdote consistia em

- calção;

- túnica de linho branco {figura da pureza};

- cinto {figura do serviço e do

- recolhimento para Deus}; e

- tiara.

O uso de calçados lhe era vedado, pois o serviço era desempenhado em lugar santo. Sobre a vestimenta sacerdotal, o sumo sacerdote ainda trajava uma sobrepeliz de estofo azul {fino algodão}, de cujas orlas pendiam romãs de estofo azul, púrpura e carmesim, e campainhas de ouro no meio delas {que representavam, respectivamente, a produção de frutos e o testemunho}. Por cima da sobrepeliz, ele ainda devia usar o éfode {um tipo de avental, também chamado de estola sacerdotal}, que ia somente até os quadris. Sobre o éfode estava atado um pequeno peitoral quadrado que formava um bolso aberto dos lados. Nesse bolso o sacerdote levava o Urim {luz} e o Tumim {perfeição}, dois objetos cujas características não se conhecem, aos quais o sumo sacerdote recorria para reconhecer a vontade de Deus {podemos, eventualmente, afirmar, que é uma figura do Espírito Santo - veja Nm 27: 21, Ed 2:63 etc.}. A parte externa do peitoral ostentava doze brilhantes pedras preciosas engastadas, que representavam as doze tribos. Sobre cada ombro, o sumo sacerdote ostentava também uma pedra preciosa, que, mediante seus engastes, fixava o éfode naquele ponto. Em cada uma destas pedras estavam gravados os nomes de seis tribos de Israel.

Esses nomes gravados nas pedras preciosas que o sumo sacerdote leva no peito e sobre os ombros aludem ao fato de que Cristo, o verdadeiro sumo sacerdote, zela fielmente pelos seus com amor {o peito} e os sustenta com Seu poder e força {os ombros} (*Hb 7:25,26). Ele trajava ainda uma espécie de gorro, a mitra, ao qual estava atada uma lâmina de ouro com a inscrição: "Santidade ao SENHOR" (SI 93:5; Hb 3:5,6).

 

35. Os sacrifícios

Levítico 1 a 7:38.

  1. O holocausto:

Levítico 1 e 6:1-6.

O ofertante punha a mão sobre a cabeça do animal. Com esse gesto, identificava o animal consigo e se fazia um com ele. Na seqüência, o animal era imolado e totalmente queimado. O sangue era espargido sobre o altar.

  1. A oferta de manjares:

Levítico 2 e 6:7-16.

Consistia na apresentação de farinha ou de bolos asmos, ou também de grãos de espigas verdes esmagados e tostados ao fogo com óleo, incenso e sal. Apenas uma parte da oferta era queimada, o resto pertencia aos sacerdotes.

  1. O sacrifício pacifico:

Levítico 3 e 7:11-36.

O sangue era espargido sobre o altar, em redor, a gordura era queimada e a carne, consumida com gratidão e alegria pelos ofertantes e também pelos sacerdotes.

  1. A oferta pelo pecado:

Levítico 4 e 6:17-23.

Parte do sangue era posto sobre os chifres (pontas) do altar, e o restante, derramado na base do altar. A gordura era queimada sobre o altar, e a carne, caso o sangue tivesse sido levado para dentro do santuário, era queimada fora do arraial.

  1. A oferta pela culpa:

Levítico 5 e 7:1-7.

Era como a oferta pelo pecado. Contudo, somente se queimava a gordura dos animais sacrificados. A carne era comida pelos sacerdotes (no caso da oferta pelo pecado, geralmente se queimava também a carne).

Explicação e ensinamentos:

O conjunto dos diversos sacrifícios (particularmente os dois últimos) constitui uma perfeita representação de Cristo em Sua devoção, cujo propósito era:

- a glorificação de Deus e

- a nossa salvação.

1. O holocausto mostra Cristo como Aquele que, pelo Espírito Eterno, se ofereceu a Si mesmo a Deus (Hb 9:11-14; SI 40:6-8; *Ef 5:1,2).

2. A oferta de manjares ­sacrifício sem sangue ­apresenta o Senhor levando uma vida perfeita e santa no poder do Espírito Santo. A flor de farinha, um fruto da terra, é uma alusão à perfeita humanidade do Senhor; o óleo é uma conhecida figura do Espírito Santo. (Lc 3:21,22; 4:1-15; Fp 2:6-8).

3. O sacrifício pacífico não é tanto uma representação do próprio Cristo, mas do resultado decorrente dos quatro outros tipos de ofertas. Veja: as duas primeiras ofertas (o holocausto e a oferta de manjares) dizem respeito a Deus, e as duas últimas (a oferta pelo pecado e a pela culpa) são relativas ao homem. No sacrifício pacífico, o coração do crente, que encontrou paz, eleva o nome de Deus, pois está pleno de gratidão e devoção (Cl 3:15-­17; Hb 13:15)

4. A oferta pelo pecado nos mostra Cristo entrando no juízo, sendo feito pecado "por nós" (2 Co 5:21). Ele levou sobre Si a santa e justa sentença e o juízo de Deus sobre o pecado - que Deus sempre considerou horrível e condenável. Mas Cristo também morreu pelo pecado em nós (que é a nossa natureza pecaminosa; Rm 6:6 e 8:3). É bem por isso que a oferta pelo pecado tinha caráter mais grave que a oferta pela culpa: não se podia comer da primeira carne alguma, nada (SI 22:1; 1 Pe 3:18).

5. A oferta pela culpa nos apresenta Cristo como Aquele que morreu pelas nossas transgressões (ou culpas ­*Is 53:5).

 

36. As festas do Senhor
Levítico 23.

Explicação e ensinamentos:

Israel tinha sete festas (sete é o número da perfeição). O sábado desempenhava papel importante (v. 4), representava a aliança com Javé, mas aludia, acima de tudo, ao descanso que todos os crentes gozam desde já, segundo a consciência e o coração, mas cujo usufruto pleno somente ocorrerá no céu (*Hb 4:9).

1. A Páscoa, a celebração para recordar a salvação no (e do) Egito, que se deu mediante o sangue de um cordeiro. [Hoje temos a santa ceia, que nos recorda da morte de Jesus Cristo e da redenção que temos por Ele - 1 Co 5:6-8; 11:23-26]. É somente o sangue de Cristo que dá direito ao descanso tipificado no sábado. Dessa forma, a Páscoa é o fundamento de todas as festas de Israel.

2. A segunda e a terceira festas tinham estreita ligação com a Páscoa. A segunda era a Festa dos Pães Asmos (sem fermento). Nesta festa de sete dias, não era permitido haver fermento algum nas casas.

Além do mais, estava prescrita a apresentação de oferta de fogo. O fermento sempre representa o mal, e o crente deve andar separado do mal, produzindo os frutos da justiça (o cheiro agradável de Cristo) e assim representar a Cristo continuamente (o ciclo completo de "sete dias" -1 Co 5:8; *GI 5:22).

3. A terceira festa era a dos Feixes das Primícias (da colheita da primavera). O feixe era apresentado pelo sacerdote no dia seguinte ao primeiro sábado depois da Páscoa (portanto, no primeiro dia da semana). Nesta festa temos prefigurada a ressurreição de Cristo. Cristo ressuscitou no domingo (o primeiro dia da semana) após a Páscoa. (Jo 20:1; 1 Co 15:20).

4. Contados cinqüenta dias a partir desse domingo, acontecia a quarta festa, o Pentecoste. Nesta festa apresentavam-se os pães movidos (da colheita do verão), que representavam o término da colheita das primícias. Temos aqui uma figura da noiva de Cristo depois do derramamento do Espírito Santo (At 2, Tg 1:18).

5. A Festa do Sonido das Trombetas (Lv 23:24) é uma referência ao despertar de um remanescente judeu (em dias futuros: Is 27:13; Mt 24:31;Zc 8:6-8).

6. O Grande Dia da Expiação (Lv 23:26-32 e Lv 16), que se prestava para a reconciliação de Israel, é uma alusão ao grande e eterno sacrifício que se ofereceu no Gólgota (*Hb 10:12-14). É também uma representação do arrependimento e do restabeleci­mento de Israel com base na morte de Cristo (Zc 12:10-13:1).

7. A Festa dos Tabernáculos (a principal das colheitas: a colheita do outono) era celebrada quando todos os frutos, os cereais e o vinho (Israel) já haviam sido colhidos. Era um festejo em lembrança dos quarenta anos de peregrinação pelo deserto. Durante sete dias o povo habitava em tendas de ramos. Esta festa remete aos mil anos de glória que Israel experimen­tará depois de todas as provas, desvios e peregrinações (Zc 14:16-21), e também ao fim de todos os caminhos de Deus para Israel e os filhos dos homens. Era uma festa de grande alegria (Jo 7:37-39; Is 12).

 

37. Acontecimentos posteriores às prescrições divinas

  1. O pecado dos filhos de Arão: Levítico 10;
  2. As trombetas de prata: Números 10:1-10;
  3. A disposição das tribos por ocasião da partida: Números 10:11-28;
  4. Hobabe: Números 10:29-32;
  5. A arca e a nuvem: Números 10:33-36;
  6. As codornizes: Números 11:1-20; 31-35;
  7. Os anciãos: Números 11:21-30;
  8. Miriã leprosa: Números 12:1-16.

Explicação e ensinamentos:

Estejamos sempre atentos para fazer o que o Senhor ordenou e ceifaremos bênção e alegria. Experimentaremos também, de um modo bastante especial, a presença do Senhor (Lv 9:6, 22-24).

Em Números 10, deparamos logo com algo que o Senhor não tinha ordenado. Em Números 9, o fogo tinha sido uma manifestação do Senhor e motivo de alegria (v.15). Aqui, porém, o fogo é um juízo de Deus e causou pesar (Hb 12:29). O ministério sacerdotal e profético sofreram prejuízo por causa de motivos procedentes da natureza terrena (Lv 10:6,7; Ez 24:16-18).

Em nossos dias, todos os crentes são sacerdotes, e nada pode roubar-lhes essa posição. Mas é fato também que estes cometem deslizes. Quem for sincero há de confessar a falta que o desqualifica para fazer as coisas de Deus da maneira que ele ordenou (Lv 10:19). Opor-se à proibição divina expressa empregando "fogo estranho" acarreta juízo, pois é desonra explícita a Deus. Outras manifestações de incapacidade acarretam perda de bênçãos, mas são toleradas por Deus. As duas trombetas de prata (Sl 89:15) estão intimamente associadas à coluna de nuvem (Nm 9: 15-23). A coluna de nuvem alude à direção, proteção e presença divinas (SI 105:39). As trombetas de prata nos ensinam que devemos submeter-nos integralmente a testemunho divino. Os israelitas congregavam-se (Nm 10:3,4) partiam (v.5), guerreavam (v.9; 2 Cr 13:12-15; 1 Re 14:8) e celebravam suas festas (v. 1 O) ao clamor das trombetas. Eles não precisavam (e nós tampouco) de um Hobabe, nem de ninguém, para saber onde se alojar no deserto (Nm 10:31), pois o Senhor sabe prover um lugar de descanso (Dt 32:10-12).

A nossa tendência é voltar ao Egito. Os nossos olhos se enfadam de ver somente maná. (Nm 11:6). As dádivas que Deus concedeu já não bastam. Os crentes, hoje, continuam expostos a perigos semelhantes. Cristo não basta para nós?

 

38. Os espias

  1. O envio dos espias e o relatório deles: Números 13:1-4,17-33.
  2. A rebeldia do povo: Números 14:1-10.
  3. O juízo punitivo: Números 14:20-45.

Explicação e ensinamentos:

Mesmo sem a viagem dos espias, Deus teria conduzido o povo de Israel em segurança até a terra prometida (*Nm 23:19). Mas Israel não confiou na promessa de Deus e exigiu que se explorasse a terra (Dt 1:19-22). Embora os espias tivessem considerado a terra boa, espalharam boatos negativos porque encararam as dificuldades sem fé alguma e, dessa forma, não honraram a Deus. No mar Vermelho, Israel era um povo triunfante (Êx 15:13-18), aqui os vemos chorando (Nm 14:1,2). Não atentam para a voz da fé e da verdade (Josué e Caiebe) e dão crédito à mentira (que é rebeldia). Por isso se lhes anuncia o juízo (SI 106:24-27). A intercessão de Moisés evidencia uma devoção altruísta a Deus e ao povo. Ainda que gracioso, Javé, em seu governo, castiga (Hb 3:13,17,19).

 

39. O grupo de Coré

  1. A revolta: Números 16:1-19.
  2. A queda no abismo: Números 16:20-35.

Explicação e ensinamentos:

Deus havia consagrado Arão para o sacerdócio. Coré agora lhe questiona esse ofício. Isso é rebeldia contra Deus (Jd 11). Aparentemente, os insurgidos

querem buscar os direitos do povo, mas, na realidade, buscam a própria exaltação. Isso é orgulho e ambição (1 Pe 5:5; Is 13:11). Moisés, porém, não se defende, volta-se para o Senhor: Ele deve decidir. Isso é humildade e sabedoria. Mediante um justo juízo, Deus justifica o seu servo fiel (Hb 12:29; 10:31; Rm 13:1,2). Pela graça os filhos de Coré são poupados e salvos do juízo contra o pai deles (*2 Pe 2:9; Nm 26:11). Os Salmos 44 a 49 são de autoria deles. Que graça!

 

40. A marcha para Canaã

  1. O deslize de Moisés na contenda por água: Números 20:1-13.
  2. A morte de Arão: Números 20:22-29.
  3. A serpente de bronze: Números 21:4-9.
  4. A vitória sobre os amorreus: Números 21:21-25.

Explicação e ensinamentos:

O severo juízo sobre o grupo de Coré não bastou para despertar a consciência de Israel. Ei-los murmurando novamente contra Moisés e Deus por causa da escassez de água (SI 95:7-11). Agora Moisés e Arão caem (SI 106:32,33). Metaforicamente a rocha, Cristo, já tinha sido ferida uma vez (Êx 17:5), não devia ser ferida novamente (Hb 9:26-28).

[Uma palavra de fé juntamente com a vara do sacerdote (a vara de Arão, que havia florescido, fato que era figura da ressurreição de Cristo) teria bastado para saciar o povo, pois a rocha já fora ferida uma vez. Porque a rocha já foi ferida, o crente agora dirige-se ao Cristo ressurreto para tratar de suas faltas e necessidades. Uma vez que já se ofereceu em sacrifício e derramou Seu sangue, Cristo não precisa sofrer novamente por essas coisas].

Israel já está próximo à terra da promessa, e vem uma nova prova. Murmuram e anelam voltar à terra da morte e da servidão, provando a Deus (SI 78:35-37; 1 Co 10:9,10). Deus tem de castigá-los co juízo, mas oferece a serpente d bronze, uma figura de Cristo n cruz(J03:14). Do mesmo modo que outrora bastava olhar para serpente, hoje basta olhar par o Senhor para ser salvo (Is 45:22).

Deus tem uma aliança com Israel, por isso o povo é forte na batalha. Nenhum inimigo pode opor-se a ele (SI 59:9,10; 91:4,15).

 

41. Balaão

  1. O convite de Balaão: Números 22:1-19.
  2. Balaão vai até Balaque: Números 22:20-35.
  3. As profecias de Balaão: Números 23:5-10,21-24; 24:3-9,15-24.

Explicação e ensinamentos:

Balaque, o rei dos moabitas, reconheceu que havia um poder invisível e mais elevado que lutava por Israel. Ele também queria se arranjar mediante um poder invisível e manda vir Balaão, um vidente e encantador pagão que morava junto ao rio Eufrates, para amaldiçoar Israel. No coração, Balaão de certa forma reconhecia a Deus e até queria servi-lo, mas não era sincero, pois estava dividido entre o amor a Deus e ao dinheiro. Deus adverte a Balaão por amor de sua própria alma (*1 Tm 2:3,4) e por amor a Israel. O Senhor quer impedi-lo de seguir com os enviados de Balaque (2 Pe 2:15, 16). Mas o dinheiro o cegou e arruinou (*1 Tm 6:10; Js 13:22).

As quatro bênçãos e promessas que Balaão proferiu nos mostram que Israel

1 era um povo completamente separado (Nm 23:9).

2 era. uma nação completa­mente justificada (Nm 23:21).

3 era belo e frutífero (Nm 24:5-7).

4 era um povo que teria o Senhor Jesus por rei (Nm 24:17).

Deus não permite que o inimigo amaldiçoe seu povo, ainda que este seja tão vacilante. Ele reverte a maldição em bênção. Deus ama seu povo, ainda que este seja tão ínfimo e ingrato (Dt 23:5; Ne 13:2). Israel não tem conhecimento das intenções de Balaque, mas Deus vela e mantém a mão sobre eles (Rm 8:31).

 

42. A morte de Moisés

  1. O servo de Deus toma conhecimento de seu fim: Números 27:12-14.
  2. Josué é designado sucessor: Números 27:15-23.
  3. Moisés propõe a Israel a bênção ou a maldição: Deuteronômio 28:1-8, 15-20.
  4. A morte de Moisés: Deuteronômio 34.

Explicação e ensinamentos:

Em decorrência de seu deslize na ocasião da contenda por água, Moisés não pode atravessar o Jordão (uma manifestação do governo de Deus), porém Deus lhe concede contemplar a terra em comunhão com Ele (uma manifestação da graça de Deus). O anúncio da morte não faz que Moisés fique insatisfeito ou turbado, pois não tem em vista a si mesmo, mas o povo e seus futuros líderes (evidencia de humildade e altruísmo - 1 Co 13:5). A dignidade e as atribuições de Moisés (líder e juiz) são conferidas a Josué.

Por causa de sua desobediên­cia, Israel trouxe a maldição sobre si. Hoje vemos literalmente cumprido tudo o que Moisés havia predito. A morte de Moisés no monte Nebo é uma evidência da gravidade que Deus atribui ao pecado. Por outro lado, seu sepultamento por Javé é uma evidência da graça e da justa retribuição pela fidelidade (Hb 3:5; 6: 10-18; * Ap 14: 13).

 

"Estudos sobre a palavra de Deus” - I João 5

 


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