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Revista Leituras Cristãs

Conteúdo cristão para edificação

Referências para o estudo bíblico - Dicas para a escola dominical

Referências para o estudo bíblico

Um auxílio para professores de escola dominical e amigos da Palavra de Deus.

 

* Os versículos indicados com asteriscos deverão ser decorados

DESCRIÇÃO DAS HISTÓRIAS DA BÍBLIA

16) O oficial do rei João 4,46-54.

Explicação e ensinamentos:

Este homem certamente tinha a­cesso ao palácio do rei Antipas da Galiléia (este é Herodes o tetrarca, filho de Herodes o magno, que era o rei quando nasceu o Senhor). Já João Batista havia pregado aqui sem êxito (Mc 6,20). Incredulidade e pecado reinavam ali. Mas a aflição impele este oficial a vir ao Senhor (* Isaías 26,16). Talvez já tenha procurado socorro em outro lugar (médico), mas agora ele chega ao verdadeiro médico e ajudador. O Senhor censura a incredulidade, que pede um sinal (Jo 2,18; Mt 12,38-39). O oficial do rei se humilha sob essa humilhante repreensão (* Salmo 119,67). O Senhor ajuda à distância (poder); ele crê, embora nada vendo (*Jo 20,29) e se toma uma bênção para a sua casa (igual ao carcereiro e a Cornélio).

 

17.a) A pesca (maravilhosa) de Pedro

  1. A pregação, de dentro do barco: Lc 5,1-4.
  2. A pesca maravilhosa: v. 5-7.
  3. O resultado dessa grande pesca: v. 8-11.

Explicação e ensinamentos:

Descrição sobre o lago de Genesaré: 4 léguas de comprimento, 2 de largura. Água clara, muito peixe, céu azul, ao redor uma cadeia de montanhas, jardins, florestas, searas, vinhedos, uma grinalda de cidades (Corazim, Betsaida, Magdala, Tibérias, Cafarnaum), grande estrada mercante de Damasco, costeando o lago e indo a Cafarnaum, muito tráfego; diversos povos: judeus, romanos (soldados, guarnições), gregos etc.

Aqui o Senhor tem um grande campo de ação. Embora os discípulos antes disso já seguissem ao Senhor (bodas de Caná), é  aqui que Ele lhes dá uma missão. Primeiramente, o Senhor mostra como tudo Lhe está sujeito, e que ele também faz grandes coisas onde o homem nada pode fazer (*Salmo 107,33-35). Uma pesca em pleno dia, em alto mar, não é nada normal; mas para o Senhor exatamente isso é favorável, para que se manifeste o seu poder e a sua glória.

Pedro, crendo na palavra do Senhor, desconsidera todas as dificuldades. Na presença do criador e Senhor sobre terra e mar, ele reconhece sua própria incapacidade e pecaminosidade (* Isaías 6,5: Jó 42,5-6). Uma humilde confissão, sim, uma auto-­humilhação o torna apto para receber a graça, e, então, Lhe servir (sendo pescador de homens). A prova da fé: de um lado barcos repletos de peixes, do outro lado a chamada do Senhor, pedindo que Lhe siga (Mt 4,22; 9,9), o que condicionava separar-se de todos os bens terreais, e impunha uma autonegação (* Mt 16,24).

 

17.b) O homem com o espírito imundo; a sogra de Pedro; a purificação dos leprosos

Mc 1,21-45; Lc 4,33-44; Mt 8,1-4.14-17

  1. O homem com o espírito imundo: Lc 4,31-17.
  2. A sogra de Pedro: 4,38-39.
  3. Curas: 4,40-44.
  4. Purificação de um Leproso: 5,12-16

Explicação e ensinamentos:

Um prisioneiro de Satanás é libertado pela palavra do Salvador:

"Cala-te e sai dele"! (Mt 12,29; Mc 3,27). Uma simples ameaça é suficiente para curar um enfermo (v. 39). Em todo lugar onde o Salvador chega, a Sua presença, a Sua autoridade, a Sua palavra são suficientes para curar enfermos e para expulsar demônios (v. 40-44).

Novamente o Senhor demonstra a Sua graça, quando um leproso chega a Ele. O leproso crê no poder daquele a quem se dirige, porém pensa: será que vai receber esta graça? Quem chega a Ele encontra um coração cheio de compaixão, e recebe de conformidade com a fé que tiver, assim também esse leproso.



18) O Sermão da Montanha

1. O caráter e a porção daqueles que entram no Reino: Mt 5,1-12

    A posição deles perante o mundo: versos 5.13-16

Introdução: No Velho Testamento Deus havia prometido um reino ao povo de Israel, um reino no qual o Messias, Jeová mesmo, iria reinar. Este reino seria de paz, de bênção e de grande glória (compare, por ex. Isaías 2,1-4; 11, 1-10; Salmo 72 e outros). De uma eterna salvação e de um lugar no céu, nunca se falou no Antigo Testamento. Embora, ao lado de bem estar e de glória, de o que o reinado de Salomão foi uma figura, a parte deles também seriam bênçãos espirituais: perdão dos pecados (Salmo 103,3), justiça e paz (Is 33, 5 e 6; SI 72, 3 e 7), entre outros. Agora se aproximava o tempo de se cumprirem estas gloriosas promessas: João anuncia o Messias (Mt 3,2): "arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus", isto é, o reino nesta terra, fundado desde o céu, e seria governado segundo princípios divinos (celestiais) (compare DanieI7,22.27).

Explicação e Ensinamentos:

O Senhor, aparece, e se manifesta por meio de poderosos sinais e milagres como o enviado Messias (Mt. 4,23-25), e como o Jeová, que visita o seu povo. Ele começaria a estabelecer o reino prometido.

No sermão da montanha o Senhor anuncia o caráter e os princípios desse reino, e as características dos que entram nele, primeiramente Ele declara bem-aventurados os que, de espírito humilde, reconhecem a sua própria incapacidade, e que não procuram coisas altivas neste mundo, que é contra Deus. Eles entrarão no reino (1ª Bem­-aventurança). Esses corações sentirão tristeza por causa do mal e pelo fato do mundo não conhecer a Deus (2ª Bem­-aventurança). Eles são mansos, isto é, não são rebeldes, e não se opõem a Deus, nem procuram os próprios direitos (3ª Bem­-aventurança). Outra, característica dos que entrarão no reino, é que eles desejam que Deus reine e faça justiça (tem fome e sede), porque entre os homens a justiça de Deus não é reconhecida (4ª Bem-aventurança).

Se houver essas características, não de faltar também a graça (misericórdia) para com outras pessoas (5ª Bem-aventurança) e antes de mais nada, não há de faltar a pureza do coração, que produzida por Deus, permite que se possa vê-Lo (6ª Bem­-aventurança). Junto com essa pureza do coração, anda de mão­-dada um sentimento pacífico) (7ª Bem-aventurança).

O mundo não gosta de pessoas com essas qualificações. Ele as odeia e as persegue. Os que forem fiéis, preferem sofrer a perder as bênçãos deste reino. Eles sofrem por causa da justiça (1 Pe 3, 13­-14), porque odeiam o mal (8ª Bem-aventurança). Pelo fato de estarem em ligação com o seu Senhor, aqui na terra, eles sofrem afrontas: sofrem por Jesus (9ª Bem-aventurança) (1 Pe 4, 13-­14). 

O "remanescente" de Israel, sofredor, era formado primeiramente por aqueles que naquele tempo se convertiam ao Senhor. Mas mais tarde este "restante" será formado por aqueles que, depois de findo o tempo da graça em que nós vivemos, nas grandes tribulações, esperarem, crentes, pelo Messias. Todos terão um galardão especial. Quem for morto, receberá um lugar no céu (Dn 7,25; Ap 20,4), os outros estarão junto com o cordeiro no monte de Sião (quando ele voltar). Eles aprenderão o hino que será cantado no céu. Seguirão ao Cordeiro para onde quer que Ele vá (Ap 14,4). Este "restante"(que no tempo de o Senhor Jesus aqui na terra, eram seus discípulos) era e será o sal da terra, isto é, eles vão ser aquele elemento divino que conserva a vida, para aqueles que já receberam luz (como Israel). Eles serão "a Luz do mundo", isto é, para aqueles que ainda se encontram totalmente nas trevas, como as nações (gentios ou não­-judeus).

Hoje os crentes têm a mesma missão (FI 2, 15). No verso 16 (Mt 5) pela primeira vez se enuncia o nome do Pai. O “restante" (os discípulos), mesmo assim, naquele tempo, não gozavam ainda da posição de filhos. Isto só aconteceu depois da morte e ressurreição do Senhor (Leia Jo 20,17). Hoje os crentes têm aquela feliz convicção de serem filhos de Deus, pois receberam o espírito de serem filhos (filhos legítimos) (GI 3, 26; 4,5; Rm 8,14-16).

No sermão da montanha o Senhor não fala da posição dos filhos de Deus, mas fala que o Pai - o caráter do Pai - deve ser publicado aqui por todos os crentes. Deus o Pai ilumina o mal (Ele é luz), Ele pratica o bem; Ele "ama os inimigos", "abençoa os que maldizem", ajuda aos pobres e miseráveis, etc. E bem assim como é o Pai, deveriam ser também os crentes (os discípulos). Assim o mundo iria conhecer as qualidades do Pai, e os crentes seriam, dessa maneira, imitadores (filhos) de Deus (*Mat. 5, 48).

19) O Sermão da Montanha (continuação nº1)

  1. O Senhor confirma a lei e explica o sexto mandamento (Mateus 5, 17-26).

Explicação e ensinamentos:

A lei continha a vontade de Deus, e o Senhor veio para fazer esta vontade. Todos os Israelitas, até aí, haviam transgredido a lei. Os escribas haviam dado uma interpretação da lei, que para eles era tão importante quanto a própria Palavra de Deus. Esta interpretação tomava fácil o cumprimento da lei. Dentro dessa explicação a lei perdia a sua força. Eles invalidavam a lei. Lembremos a purificação dos pratos, etc. Leia Mt 23, 23-25. Dessa forma, Israel estabelecia para si mesmo uma justiça que não tinha base na lei, mas nas falsas explicações dos anciãos.

Usando de dois exemplos o Senhor prova, no Sermão da Montanha, que a lei não estava senso suficientemente explicada: o 6º e o 7º mandamentos. Estes dois mandamentos condenavam os elementos principais do mal, a saber: a violência (6º mandamento) e a imoralidade (7º mandamento). Os anciãos condenavam somente os atos pecaminosos, mas o Senhor condenava até as meditações do coração, como a ira, etc.

"Réu do juízo" (versão corrigida): em cada cidade havia um juri ou um tribunal, composto de 7 pessoas que, conforme o caso, podiam proferir a sentença de morte. A ira é o primeiro sentimento a ferir o amor, e ela é considerada como homicídio, aos olhos de Deus. (*1 Jo 3, 15).

"Raca" (versão corrigida) é um insulto que, neste contexto, não se refere apenas a um sentimento mau, expresso pelo coração alterado por um momento, porém é uma expressão do que realmente pensa o mau coração.

"Réu do sinédrio" (versão corrigida): O sinédrio consistia de 70 homens de posição nobre, que tinham poder para pronunciar as mais cruéis penas de morte. "Louco" significa: "ímpio"(ou ateu).

Se Deus compara a ira com homicídio, então vemos quão importante é a reconciliação (v. 23-26). O sacrificar sem estar reconciliado é, para Deus, abominação. "A caminho" quer dizer: A caminho ao Juiz. Imaginemos dois partidos em conflito: enquanto eles não estão na presença do Juiz, ainda há meios para se reconciliarem; se chegarem à presença do juiz, sem estarem reconciliados, este

pronuncia a sentença. Quem quer entrar no Reino de Deus, precisa ser reconciliável, ou seja, pacífico. Israel não se sujeitou ao Senhor, por isso o alcançará a sentença de Deus. Israel terá que suportar o duro castigo e pagar o que deve. Os crentes estão livres do castigo. Eles se condenaram a si mesmos, e pediram por clemência, perante o juiz, que neste tempo presente é o nosso Salvador (*2 Cor 6, 2).

 

20) Sermão da Montanha (continuação nº 2)

  1. As esmolas: Mateus 6, 1-4
  2. A oração e do jejum: v. 5-18

Explicação e ensinamentos:

o Senhor censura a hipocrisia dos fariseus, que proclamam as suas esmolas, para que os homens o saibam. Neste caso o galardão deles é o louvor dos homens. De Deus não o recebem mais. Deus vê o coração. Só o que é dado por amor a Deus e ao próximo, é recompensado por Deus.

Orar: Os fariseus geralmente oravam nas esquinas de bastante movimento. Na hora da oração eles davam um jeito de ficar bem nesses lugares movimentados, fingindo que foi por acaso. O Senhor ama realidade e verdade.

Todas aquelas palavras ocas não têm valor e são uma abominação para Deus.

O "Pai nosso": nesta oração bonita o senhor ensina aos discípulos, o que deviam orar (eles não tinham ainda recebido o Espírito Santo, O qual nos ensina a orar). É dessa forma que o restante de Israel, mais tarde, antes de se iniciar o reino, deve orar. Nessa oração, o primeiro que faz é pôr os discípulos em contato com o Pai, O qual Ele lhes manifestava.

"Santificado seja o teu nome, venha o teu reino! seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu." Tudo aqui na Terra deve e irá corresponder ao Pai. Ele precisa achar aqui obediência absoluta. Essas três petições somente terão sua aplicação literal no tempo do reino. Mas mesmo antes que o reino seja levantado, o que deve identificar os discípulos de Jesus é a constante dependência de Deus (por ex. a 4ª petição: "O Pão nosso de cada dia"). Além disto precisamos sempre perdão, proteção e libertação do poder do inimigo: 5ª e 6ª petição (mas também pensemos também na aplicação literal: as aflições no tempo do Anticristo). O final (cântico de louvor: "Porque teu é o Reino" etc.) não se encontra no texto original.

A assim chamada oração do "Pai Nosso" corresponde exatamente às necessidades dos discípulos, naquele tempo. Quem acompanha o sermão da montanha, no seu contexto, reconhece, com facilidade, que essa oração estava bem adaptada às condições do remanescente de Israel, naquele tempo. - A oração "Pai Nosso" também é, para nós, parte da eterna Palavra de Deus e de nosso Senhor. Ela é preciosa e serve de modelo, isto é, como exemplo nas nossas orações: Orar, em primeiro lugar, e na maioria das vezes, a favor da honra e direitos de Deus (as primeiras três petições); depois é que vem o pedir em nosso favor, para as nossas necessidades (nosso pão). Daí seguem três pedidos pelos interesses espirituais. Cada uma das petições é bem curta, clara e bela, sem muitas palavras! Quanto nós temos a .aprender disso! Mas não vemos que o Senhor tenha dado esse modelo de oração para que servisse por todos os tempos. Ele nem sequer diz que essa seria uma oração em Seu Nome. Leia Jo 16, 24! Quando o Senhor falou estas palavras (Jo 16) os discípulos já conheciam o "Pai nosso", mais ou menos três anos. Também nunca ouvimos um apóstolo, depois da descida do Espírito Santo, falando disso, ou que tivesse orado conforme essa oração. Vamos agora comparar as petições. Nós não pedimos, por exemplo, um perdão condicional, ou seja, não pedimos que Deus nos perdoe assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Nós perdoamos aos nossos devedores porque Deus nos perdoou (Ef 4,32; Cl 3, 13). O Espírito Santo já não nos ensina tanto a pedir pelo reino aqui na terra, antes, porém, nos orienta a pedir pela vinda do Senhor Jesus (Ap 22,17-20). É também notável o fato de que essa oração, o "Pai Nosso", está relatada de forma mais curta em Lucas. Isto não seria assim, se essa oração fosse determinada para todos os tempos. Também não seria certo chamá-la de oração do Senhor. É a oração dos discípulos (e a oração do Senhor encontramos em João 17). Mesmo assim, a oração "Pai Nosso" nos é sempre preciosa.

O jejum dá a entender que, com o fim de se ocupar mais intimamente de Deus (2, 11), se dispense, por certo tempo, os alimentos. Se, porém, eu usar do jejum para melhorar minha imagem perante os homens, quão longe estou, então, de fazer a vontade de Deus! Dessa maneira, aquilo que seria uma bênção para mim, se torna em juízo.

 

21) O Sermão da Montanha (continuação nº 3)

Separar-se do Espírito deste mundo: Mateus 6, 19-34.

Explicação e ensinamentos:

o mundo ama as coisas terrenas e ajunta tesouros, para viver sem Deus. Deus aprecia um coração que não está dividido, e que pertence somente a Deus. O olho recebe a luz do sol. Se o olho for sadio (bom), tudo ao redor estará claro. Mas se o olho estiver doente, de nada lhe vale a luz do sol, tudo continua escuro. Assim também na nossa vida. Se o nosso olho (espiritual) for singelo, se olhar só para um alvo, isto é, se o nosso coração se interessar somente por Deus, então Ele nos dá clareza a respeito de tudo. Então Ele nos dá luz sobre as coisas eternas e o valor que elas têm. Nos dá também luz sobre as coisas passageiras e sua futilidade (não tem valor). Ele nos mostra quão glorioso é Cristo, e a herança que temos nEle (Ef 5, 14). Se, porém, tivermos um coração dividido, não um olho singelo, então tudo que é passageiro terá atração para nós. Ficaremos cegos para as coisas de Deus (*Mc 4, 25). Ter cuidados (preocupação pelas coisas da vida) é pecado e tolice, porque não podemos mudar nada mesmo. Deus nos ama e gostaria de nos poupar de ficarmos nos preocupando. A preocupação só nos desvia de Deus. (Aprender os versos de Mateus 6,26.28, 29 e 33).

 

22) O Sermão da Montanha (continuação nº 4)

  1. Julgar as pequenas coisas Mateus 7, 1-6.
  2. O Senhor exorta a confiar em Deus! versos 7-12.

Explicação e ensinamentos:

 Só Deus tem direito de julgar (T g 4, 12; *1 Co 4, 5). Quem julga o próximo vai ser julgado por Deus. Uma vez que somos maus, só nos resta condenação (* Hb 12,28). "Argueiro" é uma falta pequena. "Trave" é um vício. Quando eu conheço a mim mesmo, o meu critério sobre os outros é mais brando. Os filhos de Deus devem se amar, e não julgar uns aos outros (*Tg 5, 9).

As "coisas santas" e as "pérolas" são as verdades preciosas da Palavra de Deus. Aos impuros (cães) e pessoas dominadas por paixões da carne (porcos), não devemos anunciar estas preciosidades. A eles não adianta, e a nós eles fazem mal (nos despedaçam). O Evangelho devemos anunciar a todos os homens, enquanto não zombarem dele. O que o Senhor diz nos versos 1-11, a respeito da doutrina perante o próximo, ele resume em uma frase, no verso 12(*).

 

23) O Sermão da Montanha (Fim)

  1. Como entrar no Reino: Mateus 7, 13-14
  2. Características dos falsos profetas: v. 15-23
  3. Da Obediência à Sua palavra: v.24-29

Explicação e Ensinamentos:

Quem quer entrar no Reino, precisa se esforçar (* Lc. 13,24). Porta estreita: esta figura faz referência a um viajante que tem de abandonar sua bagagem, se quiser entrar na cidade. Ao final do dia os portões da cidade se fechavam, para entrar depois usava-se uma pequena porta lateral, que era mui estreita. Não cabia a bagagem. Da mesma forma o pecador precisa se desfazer da bagagem de pecados, obras próprias, justiça própria, honra perante os homens, etc. Precisa confessar e deixar. Para que se entre no reino de Deus, o próprio "eu" precisa ser condenado. Não só a porta é estreita, mas também o caminho.

Esse caminho é regulamentado pela Palavra de Deus. A palavra não permite ligação com o mundo nem com o mal. Também é necessária atenção, para não errar o caminho, que é estreito. Não se trata aqui, primeiramente, da salvação eterna, como nós cristãos a temos. Trata-se da entrada no Reino, que é dificultada por tribulação, perseguição e muitos sofrimentos. Mas também para a salvação da alma valem os mesmos princípios. Os falsos profetas (ou mestres) alegam, com palavras amáveis, que ensinam de acordo com a Palavra de Deus (lobos em peles de ovelhas), mas atraem as almas após si. Enganam-nas e as levam para a perdição (lobos). Pelos seus frutos os conhecereis (*versos 16. 17.18). Até é possível que alguns desses falsos mestres operam grandes milagres com o nome de Jesus. Por isso é bom conhecer a Palavra, pura, de Deus, para fazer a devida aplicação quanto a eles.

Na obediência à Palavra há bênção (*Salmo 119, 2-3). As Palavras do Senhor não eram palavras humanas, como as dos escribas, mas era Palavra de Deus. Com poder ela atingia os corações e requeria uma decisão (Hb 4, 12­-13).

 

As festas do Senhor (parte 3)


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