Referências para o estudo bíblico
Um auxilio para professores de escola dominical e amigos da Palavra de Deus.
PROFECIA (parte 2 e 3)
DESCRIÇÃO DAS HISTÓRIAS DA BÍBLIA
* Sugere-se que os versículos indicados com asteriscos (*) sejam decorados.
* As citações entre colchetes [ ] requerem um maior conhecimento bíblico, e podem ser deixadas de lado conforme a idade das crianças.
Parte 2:
Mateus 25:31-46
4a. A bendita porção dos justos: versos 31-40.
4b.O eterno juízo dos ímpios; versos 41-46.
Leia novamente Mateus 24: 14! A pregação do "Evangelho do Reino" começou nos dias do Senhor Jesus, mas, com Sua rejeição e morte, a pregação logo foi interrompida. Aí deu-se a introdução da Igreja, no entanto, depois que ela for arrebatada, tal pregação terá seu prosseguimento - e sua voz serão os crentes do remanescente judeu. I Sobre toda a face da Terra, e para testemunho a todas as nações, o "Evangelho do Reino" ainda deverá ser pregado antes que venha o "fim". Após o arrebatamento da noiva de Cristo (a verdadeira Igreja), aqueles que levavam o nome de "cristãos", mas eram apóstatas, também farão parte das nações; estes, porém, como já tiveram a oportunidade de aceitar a Cristo e não O receberam, não quiseram a Verdade para ser salvos, agora darão crédito à mentira (2 T s 2:10-12).
Já temos aprendido que o testemunho naqueles dias estará associado a penosas tribulações para os judeus. Mas aqueles dentre as nações que aceitarem esse testemunho também terão provada a sua fé e serão afligidos por causa da obediência que a fé requer, especialmente nos dias quando o Anticristo estiver governando em Jerusalém (Ap 7 :9-17). Mas, à semelhança de Raabe, a gentia que em fé outrora acolheu os espias judeus, e que por isso escapou do juízo,o mesmo se dará com esses crentes dentre as nações que acolherem os judeus nos dias que antecedem o Reino Milenar de Cristo.
O julgamento dos vivos (7)
Tão logo o Senhor Jesus venha do céu como "o Filho do Homem", então se assentará como "Rei" no trono da Sua glória (versos 31-34). Aí terá início o juízo das nações. Note que neste juízo não é feita menção de alguma ressurreição dos mortos, como mais tarde em Apocalipse 20. Aqui trata-se somente dos povos que estiverem vivendo sobre a Terra na ocasião da volta do Senhor Jesus. O Senhor os separa uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos das ovelhas8.
Os justos Ele põe à Sua direita, mas os ateus à Sua esquerda. Os justos são aqueles que em fé acolheram em paz as testemunhas de Deus dentre Israel, às quais o Rei chama seus "irmãos" (Mt 25:40 e 1:2). Os que estão à Z esquerda são os que rejeitaram a pregação de Deus e os Seus emissários. Os primeiros são os "benditos", os últimos, os "malditos". (A estas designações dos versos 34 e 41, compare Gn 27:29!)
7 Convém lembrar que o julgamento dos vivos, o grande julgamento das nações, não é o mesmo que o juízo dos mortos, o juízo final; este último somente ocorrerá após o fim do mundo (Ap 20: 11-15). Muitas vezes confunde-se o juízo das nações, dos vivos (Mt 25), com o juízo final, o juízo dos mortos (Ap 20).
8 Na verdade, cabras. Trata-se de uma cena comum no oriente, onde cabras e ovelhas pastam juntas durante o dia, mas de noite são separadas pelo pastor em currais diferentes.
Enquanto o juízo bélico, do qual lemos em Ap 19, será breve e rápido, "como o relâmpago" e recairá principalmente sobre os cristãos apóstatas (o império romano) e os judeus rebeldes-, esta separação das nações em bodes e ovelhas já' tomará mais tempo, pois o "Evangelho do Reino" ainda será pregado a muitas nações após o Senhor ter vindo, depois ainda do início de Seu Reino, quando o Senhor já estiver assentado no "trono da Sua glória" (v.31). Aos "benditos" o Rei imediatamente permitirá que participem do "Reino de Seu Pai”, o reino milenar aqui sobre a T erra (compare também Mt 13:41,43). Porém este não é a Casa do Pai no Céu, onde está a morada da Igreja (ou "Assembléia). Os ateus, os "malditos". serão imediatamente lançados no "castigo eterno", o destino comum de todos os perdidos.
O que é que não encontramos nesta porção da Escritura, e que também não tem parte no juízo? É a porção da Igreja. Esta, a Noiva de Cristo, fora arrebatada ao céu tempos antes. É certo que ela acompanhará o Rei de Israel quando de Sua vinda para executar juízo; estará, portanto, presente a este evento (1 Co 6:2; Ap 19:14). Mas ela não pertence a este grupo de "bodes" ou "ovelhas", nem aos que aqui são chamados de "irmãos". Os "bodes" e as "ovelhas" são as nações que ainda haverá sobre a Terra. Estes últimos, os "irmãos". são os crentes judeus que foram enviados às nações para ser testemunhas de Cristo (Is 66: 1819).
Parte 3:
A Cristandade
Na Parte 1, tratamos da história do remanescente crente dentre os judeus e vimos a grande tribulação pela qual passarão antes da vinda de Cristo, o Messias que por eles foi rejeitado. Tínhamos visto que também as dez tribos restantes serão reconduzidas a Canaã (Mt 24: 131).
Ao desenvolver a Parte 2, saltamos a segunda parte do discurso do Senhor (as parábolas de Mt 24:32 a 25:30) para tratar do juízo que o Senhor anunciou sobre os gentios, as "nações", o qual será executado quando do retorno de Cristo para o estabelecimento de Seu Reino (Mt 25:31-46). As nações, conforme aprendemos, serão condenadas ou abençoadas pelo "Rei" de Israel (o Senhor Jesus) conforme tiverem acolhido ou perseguido os Seus "irmãos" (os judeus crentes que após o arrebatamento da Igreja, estarão pregando o "Evangelho do Reino" aos gentios – às nações).
Mas do que o Senhor Jesus está tratando na segunda parte de Seu discurso (Mt 24:32 a 25:30)? Qual é o assunto abordado em seguida à história do remanescente judeu e antes do juízo dos gentios (das "nações")? É a história da Igreja professa, que é a cristandade em geral.
Já se passaram mais de 1900 anos desde que Deus pôs de lado o testemunho do judeus. Depois de ter sido crucificado pelos judeus, que o rejeitaram como Messias, o Senhor Jesus agora está ausente - está no céu - e o testemunho de Deus foi confiado à Igreja professa, à cristandade. São os nossos dias, em que o Evangelho da Graça de Deus deve ser anunciado por toda a Terra, para que seja constituída, dentre todos os povos, a Igreja, que é a noiva celeste do Senhor Jesus - O qual agora está assentado em Seu trono na glória.
É importante realçar um detalhe: todos os que "penderem" para o Evangelho de Deus, mesmo que seja apenas uma atitude exterior "de fachada" (logo, não são convertidos) são contados à cristandade, a qual tem a vocação de ser em nossos dias o Testemunho de Deus sobre a Terra.
É a história da Igreja professa e Sua responsabilidade de ser o Testemunho de Deus sobre a Terra desde a rejeição por parte de Israel que o Senhor apresenta - mui acertadamente - nas três parábolas:
A- do pai de família e do bom servo e do mau: Mateus 24:42-51 (tópico nQ 71)
B- das dez virgens: Mateus 25:1-13 (tópico nQ 72)
C- dos talentos confiados: Mateus 25:14-30 (tópico nQ 73)
Mas antes de abordar a primeira destas três parábolas, e com isso adentrando na história
da Igreja, Ele dá aos discípulos de Israel que o rodeiam, visto que eles representam o remanescente judeu crente dos dias futuros, duas marcas características do tempo que antecederá a volta do Messias a Seu povo:
(1) O renovo da figueira
A figueira, na 'Bíblia, representa a nação de Israel. Israel não desaparecerá até que veja a Jesus, tal como o velho patriarca Jacó (Israel) ainda pôde ver a seu filho José, o salvador de sua casa, ou como o velho Simeão ainda pôde saudar e acolher Cristo. Quando, pois, surgirem os indícios do despertamento de Israel (a figueira), então estará próximo o verão: Mt 24:32-34.
[Ainda nos é dada uma outra figura que ilustra o gradual despertar e o restabelecimento do povo de Israel, hoje ainda julgado, disperso e morto: Ez 37:1-14].
(2) A indiferença do povo distante de Deus e o Seu juízo que está à porta.
Esta é a mesma indiferença que hoje já se nota ao nosso redor. Vive-se apenas para o mundo (comer, beber, casar e progredir); a eternidade, Deus e Seu juízo já nem são mais levados em conta. Ocorre que o juiz do mundo virá repentinamente, e aí executará juízo sobre judeus e nações: um Ele lançará fora, enquanto o outro deixará aqui para que com Ele adentre no Reino que a seguir estabelecerá aqui na Terra (Mt 24:37-41).
Visto que poderá vir a qualquer momento, como um ladrão na noite (v.43), o alerta do Senhor aos discípulos é: "Vigiai!" (v. 42).
Este alerta valeu primeiramente aos discípulos ' daquela época, que, como já vimos, são figura do remanescente judeu crente dos dias futuros. Mas, como também já aprendemos, entre eles e estes foi intercalado o tempo da Igreja, cujo plano de formação e posterior arrebatamento ao céu é um "mistério" (Ef 3:1-6). O mesmo alerta, porém, também vale para nós, os que nessa época da rejeição de Israel ostentamos o nome do Senhor: "Vigiai!" (Lc 12:41-42 e *Mc 13:37). O dono da casa não está vigiando a toda hora! E por isso o Senhor, ao introduzir as três parábolas, faz a pergunta: "Quem é, pois, o servo fiel e prudente?" As três parábolas representam a história e a responsabilidade da Igreja professa.
Referências para o estudo bíblico - Um auxílio para escola dominical